sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brahms

Filho do trompista da Guarda Municipal e de uma costureira, Brahms nasceu na cidade alemã de Hamburgo em 1833. Aos 20 anos, com duas composições para piano debaixo do braço, foi recebido em Weimar por Franz Liszt, um dos maiores concertistas de todos os tempos, íntimo amigo de Richard Wagner e defensor da música revolucionária. Num salão repleto de bajuladores e ostensivas riquezas, Liszt tocou as obras do jovem compositor a primeira leitura de modo assombroso, como se as estudasse há anos. Chamou a música de “revolucionária”, coisa que definitivamente não era – aliás, a vida inteira Brahms foi chamado de reacionário, o que também não é exatamente verdade. Seja como for, o julgamento leviano e a atmosfera de sofisticação puseram o retraído e sempre sincero Brahms em guarda contra Liszt, que executou sua obra mais recente, a interminável Sonata em si menor. Brahms dormiu, foi delicadamente acordado, despediu-se e nunca mais voltou.

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