sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Haendel

Georg Friederich Haendel (1685-1759). Nasceu em Halle, Alemanha, em 23 de Fevereiro de 1685. Ainda jovem, aos 11 anos já tocava violino, espineta, oboé, e órgão. Em 1703 foi para Hamburg e começou a compor óperas italianas. De 1706 a 1710 permaneceu na Itália, onde conheceu Domenico Scarlatti e Arcangelo Corelli, vindo daí a influência da melodia italiana sobre sua música. Ao retornar à Alemanha, Haendel tornou-se Kapellmeister em Hannover. Em 1710 viajou para Londres, onde a ópera italiana vinha rapidamente gozando de grande popularidade. Nesta mesma cidade produziu uma ópera, que recebeu grande aclamação e, tendo provado o sucesso, relutantemente voltou à Alemanha. Ao regressar à Inglaterra em 1712, tornou a compor várias óperas, como também um pouco de música cerimonial para a Rainha Anne. A Rainha deu ao jovem compositor um estipêndio anual de £200, com a esperança de mantê-lo em Londres como compositor da corte. Haendel nunca mais voltou a Hannover. Permaneceu na Inglaterra pelo resto da vida, naturalizando-se inglês em 1726, com o nome anglicano de George Frideric Handel. Compôs farta música instrumental, inclusive diversos concertos para órgão, uma quantidade boa de música para teclado e música de celebração, como as suites e danças conhecidas como The Water Music, escritas para acompanhar uma viagem da embarcação real ao longo do rio Tâmisa, em 1717. Também há The Musick for the Royal Fireworks, composta em 1749 para celebrar a paz de Aix-la-Chappelle, que tinha sido declarada no ano anterior. Seguindo o modelo de A. Corelli, também completou dois conjuntos de concerti grossi, alguns dos quais figuram entre os melhores exemplos do género Barroco como, por exemplo, o Concerto Grosso, Op. 6 Nº 5. Compôs também muita música coral para a corte real. Entre estes trabalhos estão os hinos escritos para o Duque de Chandos, várias odes e os quatro hinos para a coroação de 1727. Mas estas composições não eram a razão principal de Haendel ter vivido na Inglaterra, e sim a composição e produção de ópera italiana para uma audiência ansiosa pelo que estava na moda. Começando com Rinaldo em 1711, Haendel compôs mais de quarenta óperas rapidamente entre 1712 e 1741. Muitas destas encontraram grande sucesso, e ele obteve muito fama e dinheiro. Algumas das mais famosas destas óperas são Giulio Cesare (1724), Alcina (1735) e Serse (1738). Rinaldo ilustra a pompa, a grandeza e o virtuosismo vocal das óperas italianas do Barroco. Embora as óperas de Haendel tenham sido populares, quando foram escritas, o interesse do público inglês pela ópera tinha-se enfraquecido consideravelmente, e ele acabou perdendo muito dinheiro ao tentar achar sucesso adicional no género continuamente. Ansioso para achar uma audiência nova, voltou-se para a composição do oratório: trabalhos dramáticos, normalmente recheados de música coral, e frequentemente com um tema bíblico, com texto em inglês. A primeira dessas composições Esther tinha sido escrita em 1732, e seu sucesso foi seguido com outros oratórios. Por volta de 1740, tinha composto mais dois dos maiores trabalhos nesse género, Saul e Israel no Egito. Haendel fundiu estas histórias bíblicas com a melodia, com a majestade e com o drama que tinha absorvido nas óperas e trabalhos anteriores como Solomon, Jephtha, Samson, Joshua, Israel no Egito, e Judas Maccabeus, que trouxeram mais fama e reconhecimento para o compositor. Mas o génio de Haendel não está em nenhuma parte mais evidente do que na música sublime que proveu para seu oratório mais famoso, O Messias, que teve sua estréia em Dublin em 1741. Seu sucesso foi imediato. Os sucessos dos seus oratórios deixariam uma impressão profunda e duradoura na música inglesa durante o século seguinte.Em 1751, começou a ter dificuldade com a visão. Suportou três operações nos olhos, feitas pelo mesmo cirurgião que, sem sucesso, operou Johann Sebastian Bach, e os resultados catastróficos o levaram à cegueira completa. Haendel morreu uma semana depois de sofrer um colapso durante uma apresentação do oratório O Messias em 1759. Foi enterrado na Abadia de Westminster. Uma biografia dele foi escrita um ano depois de sua morte pelo Reverendo John Mainwaring.

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